A semana de moda de Milão para a temporada Primavera/Verão 2026 chegou ao fim, deixando um rastro de novas inspirações e confirmando a direção que a moda tomará nos próximos meses. Esta edição foi particularmente notável pelas mudanças na direção criativa de grandes maisons. Essas transições criativas se refletiram nas passarelas, que apresentaram uma fusão de nostalgia, inovação e um forte apelo ao trabalho manual. A seguir, veja as principais tendências que dominaram os desfiles da milan fashion week SS26.
Transparência em múltiplas camadas
A transparência continua a ser uma aposta forte dos designers, mas para a temporada SS26, ela surge de formas variadas e com propostas distintas. Longe de ser apenas um detalhe ousado, o recurso foi explorado para criar texturas e sobreposições interessantes.
Os vestidos com um acabamento que remetia ao plástico, conferia um toque moderno e conceitual. Em contrapartida, marcas como Vivetta, Fendi e Emporio Armani apostaram na delicadeza, com tecidos fluidos e etéreos. A Dolce & Gabbana reafirmou sua identidade com o uso de rendas pretas, enquanto a Moschino apresentou modelagens mais estruturadas e ousadas, provando a versatilidade desta tendência.
Imagem: Fendi/ Reprodução Vogue Runway
A valorização das técnicas artesanais
O trabalho manual ganhou um status de luxo definitivo nas passarelas de Milão. As técnicas artesanais, que celebram o tempo e a habilidade do fazer, foram protagonistas em diversas coleções. O crochê e o tricô apareceram em versões sofisticadas na Max Mara, enquanto a Emporio Armani trouxe o crochê para looks com uma pegada mais despojada.
Marco Rambaldi, por sua vez, explorou a riqueza da renda guipir. Um dos grandes destaques foi a Moschino, que inovou ao criar um patchwork com placas de aspecto metálico, unidas por costuras aparentes, mostrando que o artesanal pode ser surpreendentemente contemporâneo e cool.
Imagem: Moschino/ Reprodução Vogue Runway
Imagem: Moschino/ Reprodução Vogue Runway
Drapeados e amassados: A fluidez estratégica
Texturas que evocam movimento e naturalidade foram outro ponto alto da temporada. Os amassados e drapeados marcaram presença em quase todos os desfiles, cada um com sua interpretação. Essa tendência valoriza uma estética que é ao mesmo tempo despojada e extremamente elegante. Os vestidos fluidos que pareciam esculpidos no corpo. A mensagem é clara: a perfeição está na beleza da fluidez e do movimento imperfeito.
Imagem: Francesco Murano/Reprodução WWD
O retorno da cintura baixa
Diretamente dos anos 2000, uma das tendências mais polêmicas está oficialmente de volta: a cintura baixa. Se depender das passarelas milanesas, o cós baixo irá dominar não apenas as calças jeans, mas também saias e até mesmo vestidos. Marcas como Áttico e Luisa Spagnoli apresentaram looks que exploram a silhueta com a cintura deslocada para baixo, combinada com tops cropped ou blazers oversized. A tendência surge repaginada, com modelagens mais amplas e tecidos sofisticados, provando que pode ser adaptada para um visual mais atual e elegante.
Imagem: Luisa Spagnoli/Reprodução WWD
Visuais monocromáticos: A força de uma só cor
Para quem busca sofisticação com praticidade, os looks monocromáticos são a aposta certa. Essa tendência ganhou força em Milão, especialmente em tons neutros como branco, bege e cinza, vistos em desfiles como os da Ferrari e Tod’s. A construção de um visual inteiro na mesma paleta de cor cria um efeito de alongamento e elegância imediata.
Imagem: Tods/Reprodução WWD
No entanto, isso não significa que as cores vibrantes foram deixadas de lado. Pelo contrário, tons como laranja, vermelho e o queridinho “amarelo manteiga” também apareceram em produções monocromáticas, injetando energia e otimismo na temporada de verão.
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